Acordei suada, com a adrenalina correndo por minhas veias, pulsando forte!
Chovia forte, o céu parecia se despedaçar, mas nada importava... só uma coisa passava na minha cabeça... Ele!
Tentei voltar a dormir, mas era pedir demais. Esperei das 6h30 para levantar, fui me arrumar, escolhi uma roupa, me preparei tanto fora como por dentro, esse era o último dia!
A cada passo que dava mais adentro desse último dia, tinha de me segurar para não me derramar inteira por ai. Eu sabia que isso era inevitável, mas não imaginava que seria tão difícil, nem que chegaria tão rápido.
No portão parei uns 45 segundos para refletir sobre os últimos 8 anos que passei ali. Tudo o que aprendi, vivi e sofri, todos os amores platônicos, os sentimentos indecifráveis, onde cresci e me tornei eu.
Entrei com a cabeça baixa, então senti um cheiro que não me era estranho, era o perfume dele, logo olhei para cima para ver o encontrava no horizonte. É ele estava lá, do outro lado do corredor comemorando o fim de mais um ano com seus amigos, "rumo ao terceiro" era o que eles gritavam. Nesse momento dei um sorriso ao vê-lo, mas a vergonha me tomou, virei e continuei meu caminho. Essa vergonha não era dele, era de mim. O que pensariam seus amigos ao verem ele comigo? Uma menina boba e estranha que nem no ensino médio estava ainda.
Para evitar a vergonha alheia preferi seguir, abaixei o rosto e segui até minha sala. Uma semana antes desse dia as coisas pareciam mais fáceis, o adeus não parecia tão perto, real e doloroso. Uma semana antes eu estava decidida a falar para ele meus sentimentos, falar que desde a primeira palavra que trocamos, ele me pareceu diferente dos outros, e aos poucos, de forma injusta me conquistou. Mas naquele momento, o sentimento que me tomou quando me vi apaixonada por ele voltou. Eu sabia que era improvável, mas mais que improvável era impossível.
Ele já tinha 16, estava indo para o 3o ano do ensino médio, já podia votar e provavelmente não queria só pegar ou beijar. E eu uma menininha, quem não tinha feito nem 15 ainda, que se achava frágil, não se sentia bonita nem suficiente.
A cada passo que dava mais adentro desse último dia, tinha de me segurar para não me derramar inteira por ai. Eu sabia que isso era inevitável, mas não imaginava que seria tão difícil, nem que chegaria tão rápido.
No portão parei uns 45 segundos para refletir sobre os últimos 8 anos que passei ali. Tudo o que aprendi, vivi e sofri, todos os amores platônicos, os sentimentos indecifráveis, onde cresci e me tornei eu.
Para evitar a vergonha alheia preferi seguir, abaixei o rosto e segui até minha sala. Uma semana antes desse dia as coisas pareciam mais fáceis, o adeus não parecia tão perto, real e doloroso. Uma semana antes eu estava decidida a falar para ele meus sentimentos, falar que desde a primeira palavra que trocamos, ele me pareceu diferente dos outros, e aos poucos, de forma injusta me conquistou. Mas naquele momento, o sentimento que me tomou quando me vi apaixonada por ele voltou. Eu sabia que era improvável, mas mais que improvável era impossível.
Ele já tinha 16, estava indo para o 3o ano do ensino médio, já podia votar e provavelmente não queria só pegar ou beijar. E eu uma menininha, quem não tinha feito nem 15 ainda, que se achava frágil, não se sentia bonita nem suficiente.
Parece mais impossível que Romeu e Julieta, não é? Mas foi nisso que ele me fez acreditar nos últimos 6 meses que ficamos conversando, trocando mensagens e acenos no corredor.
Pensei e repensei várias vezes o que fazer e o que falar, mas ao fim cheguei a conclusão que era melhor ficar em silêncio. A amizade dele foi tão importante que decidi abrir mão de uma loucura para garanti-la. Se eu falasse o que sentia arriscaria nunca mais falar com ele e ficar em silêncio garantia que mesmo como amigos nós continuaríamos nos falando. Mas seria isso justo?
Ir embora sem falar para ele a real importância que ele teve para mim... Não sei, mas era melhor não arriscar.
Ele sempre soube que alguém mexia comigo, mas eu nunca falei explicitamente quem era o motivo dos meus sonhos e pesadelos. Eu havia lhe prometido que falaria, mas nunca o revelei.
Eu escondia ele, dele mesmo.
Além de toda essa confusão no coração, era difícil pensar em deixá-lo e nunca mais voltar para lá, onde passei certamente os piores e melhores momentos da minha vida, mas estava mais do que na hora de seguir em frente.
Só existia uma pessoa capaz de me fazer mudar de ideia, jogar tudo pra cima e decidir ficar, esse alguém era ele, só bastava ele dizer "fica", mas nunca cheguei a ouvir isso. Parece imaturo dizer isso, mas eu já não tinha motivos para ficar lá, com exceção dele.
O dia passou marcado de abraços, lágrimas, adeus e mais abraços, no último momento estava quase cedendo. Então ele apareceu.
Não poderia ir embora sem me despedir dele e agradecer a ele por tudo o que fez por mim.
Ele se aproximou, mesmo na frente de todos na hora da saída, parecia não se importar, nem ligar, não como eu. Vinha em minha direção com um ar de confiança, fiquei apreensiva por ele, o que pensariam?
Pensei e repensei várias vezes o que fazer e o que falar, mas ao fim cheguei a conclusão que era melhor ficar em silêncio. A amizade dele foi tão importante que decidi abrir mão de uma loucura para garanti-la. Se eu falasse o que sentia arriscaria nunca mais falar com ele e ficar em silêncio garantia que mesmo como amigos nós continuaríamos nos falando. Mas seria isso justo?
Ir embora sem falar para ele a real importância que ele teve para mim... Não sei, mas era melhor não arriscar.
Ele sempre soube que alguém mexia comigo, mas eu nunca falei explicitamente quem era o motivo dos meus sonhos e pesadelos. Eu havia lhe prometido que falaria, mas nunca o revelei.
Eu escondia ele, dele mesmo.
Além de toda essa confusão no coração, era difícil pensar em deixá-lo e nunca mais voltar para lá, onde passei certamente os piores e melhores momentos da minha vida, mas estava mais do que na hora de seguir em frente.
Só existia uma pessoa capaz de me fazer mudar de ideia, jogar tudo pra cima e decidir ficar, esse alguém era ele, só bastava ele dizer "fica", mas nunca cheguei a ouvir isso. Parece imaturo dizer isso, mas eu já não tinha motivos para ficar lá, com exceção dele.
O dia passou marcado de abraços, lágrimas, adeus e mais abraços, no último momento estava quase cedendo. Então ele apareceu.
Não poderia ir embora sem me despedir dele e agradecer a ele por tudo o que fez por mim.
Ele se aproximou, mesmo na frente de todos na hora da saída, parecia não se importar, nem ligar, não como eu. Vinha em minha direção com um ar de confiança, fiquei apreensiva por ele, o que pensariam?
Ele caminhava com um sorriso imenso e lindo no rosto, comemorando que passou de ano e que agora era a hora, ele estava no terceiro, o último ano. Ele estava lindo, radiante. Já eu estava com o coração na mão e lágrimas sem fim no rosto, ele se aproximou e delicadamente com a mão secou uma lágrima que escorria pelo meu rosto. Nesse momento o abracei o mais forte que pude, para garantir que ao soltar seria pra sempre e que assim guardaria a melhor das lembranças que podia ter dele. Ele não ousou perguntar se estava tudo bem, pois podia ler nos meus olhos o que se passava no meu coração, não foram necessárias palavras.
Depois de uma breve troca de olhares ele falou:
- Vai dar tudo certo, você vai ser feliz. - Nesse momento só o que consegui fazer foi chorar mais ainda. Mal sabia ele tudo o que eu sentia naquele momento. Então para descontrair ele disse:
- E então, contou pro menino mistério que gosta dele?
- Não.
- Por quê? - ele questionou
- É impossível. - eu respondi
- Vai, fala pra ele e me fala quem é. - ele tentava me convencer
- Decidi que não vou falar é melhor assim.
- Então pelo menos me fala quem é, você tinha me prometido. - continuava teimoso como sempre.
Com receio de revelar a verdade só respondi:
- Se eu te falar quem é, vou estar falando pro menino que gosto dele.
Nesse momento o clima pesou, demorou uns 2 minutos pra ele cair em si, no momento em que ele voltou pra terra não adiantava mais, eu já havia ido embora.
Nunca mais voltei e ele também não me procurou.
Até hoje, uma das melhores memórias que ele me deixou foi o seu abraço com o seu cheiro que jamais esquecerei, o seu sorriso lindo no rosto, a alegria predominante, seu jeito e o seu perfeito imperfeito.
Naquela noite não choveu, não trovejou nem houve relâmpagos. Naquela noite pairava no céu estrelas de fogo, cadentes e reluzentes. De noite não dormi por causa da beleza extrema no céu. O dia chegou e o sol raiava como jamais havia brilhado, mais perfeito impossível.
Aquilo, era o destino me mostrando que mesmo tendo desistido de seu amor, não era o fim do mundo, dali em diante era uma nova fase com um novo final feliz. Mas o passado é o que nos faz nós, jamais, jamais mesmo esquecerei dele, nem que o Alzheimer me atinja, e a memória eu perca, ele é inesquecível acima de tudo.
Depois de uma breve troca de olhares ele falou:
- Vai dar tudo certo, você vai ser feliz. - Nesse momento só o que consegui fazer foi chorar mais ainda. Mal sabia ele tudo o que eu sentia naquele momento. Então para descontrair ele disse:
- E então, contou pro menino mistério que gosta dele?
- Não.
- Por quê? - ele questionou
- É impossível. - eu respondi
- Vai, fala pra ele e me fala quem é. - ele tentava me convencer
- Decidi que não vou falar é melhor assim.
- Então pelo menos me fala quem é, você tinha me prometido. - continuava teimoso como sempre.
Com receio de revelar a verdade só respondi:
- Se eu te falar quem é, vou estar falando pro menino que gosto dele.
Nesse momento o clima pesou, demorou uns 2 minutos pra ele cair em si, no momento em que ele voltou pra terra não adiantava mais, eu já havia ido embora.
Nunca mais voltei e ele também não me procurou.
Até hoje, uma das melhores memórias que ele me deixou foi o seu abraço com o seu cheiro que jamais esquecerei, o seu sorriso lindo no rosto, a alegria predominante, seu jeito e o seu perfeito imperfeito.
Aquilo, era o destino me mostrando que mesmo tendo desistido de seu amor, não era o fim do mundo, dali em diante era uma nova fase com um novo final feliz. Mas o passado é o que nos faz nós, jamais, jamais mesmo esquecerei dele, nem que o Alzheimer me atinja, e a memória eu perca, ele é inesquecível acima de tudo.
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