10 de setembro de 2018

As voltas

Ele sempre volta.
Não para mim, mas para ela.
Por alguns instantes me fez sentir a segunda opção. No caso, eu sei que sou, mas surpreendentemente isso não me incomoda. Anos atrás, com certeza, eu estaria triste ao posto que me foi atribuída, me perguntando o que ele viu nela, o que eu não tenho, entre outros mil questionamentos. Anos atrás, ficariam me perguntando sem notar que a resposta era simples e fácil, porém dolorida e não a que eu mais queria. Eu não sou ela, não tenho a beleza que ele vê nela e hoje, tudo bem não ser ela. Não ter sua beleza, não quer dizer não ter beleza. O maior erro do ser humano é tentar transformar a sua beleza natural, na beleza que os outros procuram. Eu tenho a minha, que encanta aos que se encantarem.
Parei de questionar o direcionamento do amor dos outros e, principalmente "deles".
Ele sempre volta.
Essa semana eles reataram, semana que vem eles terminam, depois voltam e terminam. Ele sempre volta.
Não questiono e não julgo o amor dos outros. Afinal é amor. Não deve ser questionado e sim respeitado. Ele luta por esse amor, isso me impressiona, nem todos tem essa coragem, pois a cada nova tentativa é uma nova chance de se machucar e não são todos que dão a cara a tapa.

Agora pensando, ele sempre volta. Pra mim.
Meu abraço, meu beijo, meu colo. A companhia e a conversa. No final, ele sempre volta.

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