9 de julho de 2020

Imaturidade

Nós, seres humanos, somos indivíduos imaturos para o amor.
Muitas vezes amamos quem não nos ama, não vemos amores puros e sinceros bem em nossas frente, porque estamos hipnotizadas por amores viciantes como drogas e tão maléficas quanto tais.
O amor é algo tão bom e tão ruim.
Bom, porque o simples fato de amar já é bom. Deixa os dias mais coloridos, os sentidos mais atentos para não perder nenhum possível sinal de uma correspondência.
O perfume dele deixa de ser apenas um cheiro e se torna um lugar de conforto onde me sinto segura.
Seu toque deixa de ser um simples toque e se torna a faisca para o meu incêndio.
Seu sorriso deixa de ser apenas um sorriso e se torna o motivo da minha alegria.
Seu beijo deixa de ser só mais um beijo e se torna o único sabor que eu quero sentir.
Sua voz deixa de ser um barulho em meio a muitos outros e se torna a melhor música para os meus ouvidos.
Seu andar deixa de ser apenas um conjunto de passos sem direção e se torna o meu guia.
Seu olhar deixa de ser um simples olhar e de forma complicada e complexa se torna o meu universo.
Mas... O amor é algo tão bom e tão ruim.
Ruim, porque o amor não é simples como eu gostaria, pois amar como indivíduo é bom, mas amar com outra pessoa é melhor ainda. Ruim, porque não é sempre que você consegue amar com quem se ama. Amores platônicos, amores impossíveis, amores perdidos, amores desconhecidos. São todos amores, que além de trazerem a cor para o cinza, também trazem a dor para a alegria.
Mas com essas faces do amor a gente lida, afinal, sempre foi assim e ninguém nunca morreu de amor.
Nós, seres humanos, somos imaturos para o amor, sem previsão para amadurecer.
O amor assusta as pessoas, já tive provas disso. Queria poder falar a verdade, ser sincera e mostrar o amor que existe em mim, sem assustar as pessoas, sem que elas me julguem, me arrastem, me destrocem, me machuquem.
Queria apenas poder amar em plenitude, amar com alguém, amar alguém.

09.07.17

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